Categoria: Saúde

  • Os Benefícios da Atividade Física para Idosos

    Os Benefícios da Atividade Física para Idosos

    Saiba como exercícios podem contribuir na manutenção da saúde e longevidade das pessoas com mais idade, além de promover melhoria da qualidade de vida, aprimoramento da mobilidade, dos fatores emocionais e psicológicos

     

    O envelhecimento é algo que faz parte da vida de todos nós. A grande diferença é a maneira como pretendemos chegar a essa fase da vida e mais profundamente: como pretendemos experimentar a vida durante esta fase.

    Envelhecer é algo inevitável e este processo provoca perdas estruturais e funcionais de forma progressiva no organismo que resultam na diminuição da capacidade física.

    Em razão desses aspectos é necessário manter a aptidão física e, para tanto, a prática de atividades físicas parece ser uma excelente estratégia para manter a capacidade funcional, a autonomia, além de aprimorar a qualidade de vida.

    Pesquisas apontam que os exercícios são fatores de suma importância para uma melhor condição de vida das pessoas, principalmente as que estão na terceira idade.

    A prática de exercícios contribui para a manutenção da saúde, ajudam na flexibilidade, na longevidade e atua na redução de dores e sintomas de doenças físicas. Também faz com que eles mantenham um peso saudável, a função normal do corpo, evitando quedas e lesões que podem ser prevenidas, já que a atividade física regular contribui para uma maior mobilidade e independência (autonomia motora).

    Está comprovado que os exercícios físicos podem ajudar na melhora da resistência e atuação do sistema imunológico, ajudando na prevenção e diminuição do risco de doenças, que vão desde um simples resfriado, a quadros de doenças mais graves.

    Se uma pessoa idosa sofre de uma doença, a atividade física pode muitas vezes ajudar a controlá-la, assim como aliviar seus sintomas, resultando em um estilo de vida muito mais confortável.

    Além de tudo o que já foi dito, é possível ainda destacar que idosos fisicamente ativos têm menor probabilidade de sofrer disfunções cardiovasculares, e passam a ter redução e controle da pressão arterial e freqüência cardíaca em repouso.

    Uma postura ativa também possibilita melhora e até previne quadros que envolvem diabetes, osteoporose, depressão e ansiedade.

     

    Benefícios das Atividades Físicas na Terceira Idade

    • Controle ou Diminuição da Gordura Corporal
    • Manutenção ou Incremento da Massa Muscular
    • Melhoria da Força Muscular e da Densidade Óssea
    • Melhora da Flexibilidade
    • Aumento do Volume de Sangue Circulante
    • Aumento da Ventilação Pulmonar
    • Diminuição da Frequência Cardíaca em Repouso
    • Melhora nos Níveis de HDL (Lipoproteínas de Alta Densidade)
    • Diminuição dos Níveis de Triglicerídeos, Colesterol Total e LDL (Lipoproteínas de Baixa Densidade)
    • Diminuição dos Níveis de Glicose
    • Diminuição de Marcadores Anti-Inflamatórios associados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis
    • Diminuição do Risco de Doença Cardiovascular, Acidente Vascular Cerebral Tromboembólico, Hipertensão, Diabetes Tipo II, Osteoporose, Obesidade, Câncer de Cólon e Câncer de Útero
    • Melhora da Auto-Estima
    • Melhora da Imagem Corporal
    • Melhora do Estado de Humor
    • Prevenção da Tensão Muscular e Insônia
    • Prevenção ou Retardo do Declínio das Funções Cognitivas
    • Diminuição do Estresse
    • Diminuição da Ansiedade e Depressão
    • Diminuição do Consumo de Medicamentos
    • Incremento na Socialização
    • Redução de Risco de Quedas e Lesão pela Queda
    • Aumento da Força Muscular dos Membros Inferiores e Coluna Vertebral
    • Melhora do Tempo de Reação
    • Sinergia Motora das Reações Posturais
    • Melhora na Velocidade de Andar
    • Melhora na Mobilidade e Flexibilidade

     

    Idosos e a Prática do Pilates

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    A prática do Pilates se apresenta como uma importante aliada na promoção da saúde das pessoas com idade avançada, indicando possibilidades de ganhos nos padrões de resistência e força que acarreta em benefícios como:

    – Aumento da Densidade Mineral Óssea

    – Melhoria da Força

    – Aumento da Resistência Muscular

    – Aprimoramento da Coordenação Motora

    – Aumento da Flexibilidade

    – Aprimoramento do Equilíbrio

    E as vantagens não se restringem apenas à parte orgânica, ocorrem também efeitos psicológicos positivos, como o aumento da autoestima e da confiança, o que permite maior e melhor integração dos idosos na sociedade.

    O Pilates é caracterizado por exercícios físicos em que são trabalhados a resistência e o alongamento, cujos movimentos são executados em consonância com a forma de respirar e objetivam atender aos princípios de:

    – Controle

    – Precisão

    – Centralização

    – Fluidez de movimento

    – Concentração

    – e Respiração.

     

    O Pilates também contribui com a diminuição de quadros de dores, reabilitação de lesões ortopédicas e neurológicas; controle, prevenção e tratamento de doenças crônicas como incontinência urinária e Parkinson, atingindo também aspectos psicossociais da população da terceira idade.

     

    Centro de Reabilitação Funcional

    A inserção do idoso em programas de exercícios físicos resulta em maior capacidade de autonomia. E tendo em vista tudo o que já foi dito, é possível propor algumas soluções para incentivar pessoas idosas que precisam começar a se movimentar para melhorar sua qualidade de vida, sua saúde e até a forma de enxergar a vida com mais leveza e estabilidade emocional.

    Pensando nessas necessidades e focando em idosos que têm dificuldades mais acentuadas quanto a sua mobilidade, desenvolvemos um programa específico de exercícios e atividades que podem ser encarados como verdadeiros treinos.

    Trata-se do programa ‘Terceira Idade’ do Centro de Reabilitação Funcional (CRF), que funciona na unidade do Centro Ortopédico Grajaú que fica no bairro de mesmo nome no Rio de janeiro e que conta com especialistas em exercícios e atividades fisioterapêuticas voltadas para pessoas idosas.

    A metodologia leva em consideração a necessidade de cada indivíduo interagir com o meio e o funcionamento fisiológico diferenciado das pessoas com mais idade, incluindo ações específicas para este público, entre as quais:

    – Condicionamento muscular;

    – Força;

    – Equilíbrio;

    – Alongamento;

    – Pilates;

    – Exercícios aeróbicos sem impacto.

     

    Tudo isso é possível com a ajuda de equipamentos específicos e atendimento personalizado, com fisioterapeutas especializados que vão atuar com foco na melhor forma de tratar o físico do idoso, aprimorando sua interação com seu meio de convívio, quer seja para prevenções, tratamentos e longevidade com qualidade de vida.

    O programa de exercícios físicos do CRF é direcionado e personalizado, levando em consideração as particularidades de cada idoso, seus limites e reconhecendo suas capacidades, levando os mesmos, de forma estimulada, a alcançarem seu potencial máximo de desenvolvimento.

  • PALMILHAS ORTOPÉDICAS: QUAL A IMPORTÂNCIA DE PISAR CORRETAMENTE E COMO EVITAR PROBLEMAS ORTOPÉDICOS

    PALMILHAS ORTOPÉDICAS: QUAL A IMPORTÂNCIA DE PISAR CORRETAMENTE E COMO EVITAR PROBLEMAS ORTOPÉDICOS

    Criadas para tratar problemas de distribuição de peso do corpo, esses acessórios terapêuticos são especiais e devem ser comprados sob medida pelo paciente

    Muitas pessoas não sabem, mas as dores nos pés, nas pernas, ou nas articulações dos membros inferiores podem ser o sinal de um problema ortopédico que pode e deve ser corrigido. É claro que ficar em pé durante muito tempo, ou realizar longas caminhadas numa árdua jornada de trabalho, cansa qualquer um, que no final dia poderá estar com algumas dores.

    Mas não é sobre esse quadro comum a que nos referimos, pois esse caso é típico de cansaço e pode ser aliviado com técnicas de relaxamento, massagens e até uma bacia com água morna.

    As dores nos pés que preocupam são aquelas sentidas diariamente, que aumentam gradativamente, causam muito desconforto e se tornam crônicas, ou passam a causar outras dores, como nos tornozelos, calcanhares, panturrilhas e até joelho. Neste caso, o que pode ser identificado é que o indivíduo talvez tenha que corrigir sua forma de pisar, de modo a não sobrecarregar as articulações localizadas entre ossos e aliviar a tensão sobre os músculos, para que não ocorram problemas mais graves. Para tanto, dependendo do diagnóstico, é possível que a pessoa tenha que usar uma Órtese Plantar, ou Palmilha Ortopédica, como é mais comumente conhecida.

     

    O que são Palmilhas Ortopédicas

    O nome científico das Palmilhas Ortopédicas é “Órtese Plantar”, que são feitas com materiais específicos para tratar de danos à postura, além de aliviar as dores que atingem todo o aparelho locomotor como: pés, pernas, joelhos e tornozelos. As Palmilhas Ortopédicas devem se ajustar aos pés, proporcionando apoio adequado e corrigindo a postura. Sua principal função é alterar a inclinação corporal, especialmente o impacto nas articulações e a tensão entre os músculos nas pisadas.

    Existem palmilhas para dores no calcanhar, para a frente do pé, para dor na sola e para ajuste de altura.

    É importante ressaltar que a palmilha é um excelente acessório ortopédico que ajuda no alívio das dores e consiste numa sola colocada dentro dos calçados para melhorar problemas posturais.

    Há palmilhas ortopédicas que vão do calcanhar ao dedo do pé, chamadas de “antero posterior” e as que começam no alluce e terminam no último dedo, conhecidas como “palmilhas transversais”.

    Para atletas que utilizam as palmilhas com frequência, é recomendado trocá-las a cada ano. Já para pessoas não muito ativas, elas chegam a durar até 2 anos.

     

    Versão ortopédica

    É muito importante dizer que, caso você sofra com dores nos pés e que esse incômodo já esteja prejudicando a sua qualidade de vida ou afetando a sua mobilidade, procure um médico ortopedista, pois é esse profissional que está capacitado para realizar o diagnóstico do seu problema.

    Outro aviso é que você evite comprar palmilhas por conta própria. Isso vai prevenir que haja riscos de causar prejuízo maior, caso seu quadro seja de uma doença ortopédica, piorando ainda mais sua situação de desconforto.

    O médico é quem dirá por quanto tempo uma palmilha deve ou não ser usada. E ele também quem avalia quando o corpo se encontra adequado ao novo estilo de pisada, fazendo as correções induzidas pelo solado.

    Em caso das dores nos pés já terem se instalado e você tenha sido diagnosticado com pé cavo doloroso, artrite reumatoide, joanete, calosidade, fascite plantar, tendinite do tendão de Aquiles, canelite, entre outros problemas que acometem o pé e as pernas, a opção indicada será a Palmilha Ortopédica, que tem capacidade corretiva e é feita sob medida para o paciente. A utilização de palmilha ortopédica nestes casos é parte do tratamento que ajudará a aliviar a dor e diminuir o desconforto do paciente.

    A palmilha ideal deve levar em consideração o número de calçado do paciente, o peso, a conformação do pé (que influencia no design da peça, que é diferente de acordo com as características do pé, por exemplo: se é um pé chato ou cavo) qual é a região de apoio plantar, além de proporcionar o melhor suporte possível para o arco plantar, alterar a inclinação das articulações localizadas entre os ossos, aliviando a tensão sobre os músculos que promovem o equilíbrio durante a pisada.

    Embora a eficiência da palmilha ortopédica varie de pessoa para pessoa, a prática médica demonstra a sua eficácia no tratamento de algumas enfermidades. O que deve ser levado em consideração também, é que o tratamento dos pés inclui outros tipos de recursos, como perda de peso, por exemplo.

    As palmilhas ortopédicas oferecem uma série de benefícios para quem as utiliza diariamente. Ela emprega alguns princípios básicos, como a redistribuição das pressões plantares e o alinhamento dos pés, tornozelos e joelhos. Por meio de correções, a palmilha consegue eliminar e reduzir dores nos membros inferiores, promover mais conforto no dia a dia, aumentar o desempenho esportivo, prevenir lesões e melhorar o amortecimento de impactos.

     

    Versão de silicone

    As versões de palmilhas feitas de silicone servem como um amortecedor extra para os pés, que alivia o impacto sobre as articulações e previne o aparecimento de problemas ortopédicos. Pessoas cuja rotina inclua longas jornadas em pé como balconistas, seguranças, enfermeiras, professores ou atletas, poderão adotá-la como uma opção preventiva.

    Enquanto a opção ortopédica requer um acompanhamento médico, a palmilha de silicone pode ser adquirida para prevenir complicações relacionadas à saúde dos pés. Diante disso, é sempre bom procurar recomendações de um produto que seja de boa qualidade. O sapato também precisa seguir o mesmo padrão, pois o conforto é um fator imprescindível para evitar outros problemas.

     

    As palmilhas de silicone, quando utilizadas de forma preventiva, proporciona os seguintes benefícios:

     

    Ajuda na prática desportiva – Praticar exercícios físicos é ótimo para a saúde, mas tudo é preciso ser feito com bastante cuidado. Os atletas e as pessoas que têm alta frequência de atividades esportivas precisam ter cautela para não ocasionar lesões. Por essa razão, o amortecimento proporcionado pela palmilha é positivo. Áreas como tendões, joelhos e tornozelos ficam mais protegidas quando os pés estão bem acomodados e menos suscetíveis aos impactos constantes com o solo.

     

    Reduz o impacto nas articulações – O bom funcionamento das articulações também é preservado quando a pessoa usa uma palmilha especial. Isso acontece porque as tradicionais (que vêm com o calçado) não costumam absorver bem o impacto e podem causar, dependendo da forma como o indivíduo pisa, num problema silencioso ao longo do tempo. É muito comum o desenvolvimento dos processos inflamatórios nas articulações, que são as conexões existentes entre as regiões ósseas.

     

    Contribui com o bem-estar – A sensação de bem-estar é fundamental para deixar o dia a dia mais leve e satisfatório e o conforto possibilitado por uma palmilha, pode contribuir com isso.

    Problemas tratados pelas palmilhas ortopédicas

    • Esporão no calcanhar;
    • Hálux valgo;
    • Fascite plantar;
    • Linfedema;
    • Metatarsalgia;
    • Neuroma de Morton;
    • Retenção de água;
    • Tallonite;
    • Tendinite;
    • Pé cavo;
    • Pé chato;
    • Pé torto congênito.

     

    Para escolher uma boa palmilha ortopédica, é importante ter em mãos o diagnóstico médico e algumas informações a respeito dos seus calçados: numeração, região de apoio plantar, seu peso atual e formação dos pés.

  • CONHEÇA A DIFERENÇA ENTRE CONTUSÃO, TORÇÃO, LUXAÇÃO E FRATURA

    CONHEÇA A DIFERENÇA ENTRE CONTUSÃO, TORÇÃO, LUXAÇÃO E FRATURA

    Essa informação é muito importante para possibilitar um diagnóstico preciso e tratamento adequado

     

    Nossos ossos servem para dar suporte a nossa estrutura corporal, possibilitando que nosso corpo se mantenha ereto durante o deslocamento, além de proteger os órgãos. Por essa razão, eles devem ser muito fortes, a ponto de suportarem grande carga e impactos. No entanto, a quantidade de força que nossos ossos podem suportar antes de sofrer um dano, depende de vários fatores. Os danos mais comuns que eles podem sofrer incluem:
    • Contusão;
    • Torção;
    • Luxação e;
    • Fratura.

    Mas você sabe diferenciar cada um deles? Se não, vamos explicar.

    Muitas vezes é difícil determinar se um osso está quebrado ou contundido, pois em qualquer uma das lesões que os ossos podem sofrer, há sintomas comuns que incluem: dor, inchaço e incapacidade funcional.
    Porém, a contusão, a torção, a luxação e fratura são lesões completamente diferentes e que requerem cuidados específicos, de acordo com seus efeitos.
    Para uma fratura ser diagnosticada é necessário fazer uso de raio-X.
    Em casos de fraturas mais graves, ou difíceis de ver na radiografia, é provável a utilização de exames complementares.

    Tipos de lesão, sintomas e tratamentos

    Contusão
    É o tipo de lesão do osso considerada menos grave pelos ortopedistas.
    A contusão resulta de uma pancada que pode vir acompanhada de hematoma, dores e inchaço, mas que não tem cortes em tecidos moles (formados por vasos sanguíneos, vasos linfáticos, músculos, tecido gorduroso, aponeuroses, tendões e nervos).
    Tratamento: A contusão pode ser tratada com repouso e compressa de gelo sobre o local lesionado para reduzir o desconforto.

    Torção (Entorse/Estiramento)
    É caracterizado pela ruptura total, parcial ou estiramento/alongamento do tendão ou do ligamento (tecidos fibrosos que conectam os músculos aos ossos.) – que são estruturas elásticas que unem um osso a outro nas articulações do corpo.
    É um tipo de lesão que causa dor, inchaço, hematoma e dificuldade para caminhar.
    Tratamento: Pode ser feito com proteção, repouso, gelo, compressão e elevação, conhecido como método P.R.I.C.E.
    O uso de medicamentos, de gesso ou atadura para imobilizar a região também é necessário.
    Mas se for um caso grave pode ser melhor a realização de uma intervenção cirúrgica para reparo dos ligamentos ou tendões extremamente danificados, ou com rupturas totais.
    Com o cuidado e o diagnóstico adequados, o processo inflamatório causado pela torção/estiramento pode ser resolvido em algumas semanas.

    Luxação

    É caracterizada por uma lesão em que o osso da articulação é tirado de sua posição normal. Ou seja, é uma lesão que pode ocorrer apenas nas articulações. É muito comum ocorrer nos tornozelos, joelhos, ombros, quadris, cotovelos, dedos e até na mandíbula.
    A luxação pode ocorrer após quedas, acidentes com impacto, ou em razão da frouxidão nos ligamentos articulares. É um caso de urgência ortopédica, pois quando a cartilagem do local é danificada, aumenta o risco de degeneração da articulação afetada, conhecida como artrose. Geralmente são muito dolorosas e também podem causar danos adicionais aos nervos ou tendões se não for “reduzida” imediatamente (colocada no lugar).
    Os sintomas de um osso deslocado podem incluir: inchaço, hematomas e dor. Quando ocorre uma luxação, muitas vezes é possível ver o osso “fora de lugar”.
    Tratamento: É feito com o reposicionamento do osso no lugar (procedimento também conhecido como “redução”). Esse procedimento é de responsabilidade do médico ortopedista. A continuidade do tratamento inclui imobilização da região (com a utilização de tipoia, órtese ou tala), fisioterapia, medicação com analgésicos e anti-inflamatórios e, em alguns casos, cirurgia para posicionamento ósseo.
    Em casos de luxação grave, pode ocorrer demora de mais de duas ou três semanas para o local lesionado retome o movimento completo.
    Vale lembrar que após deslocar (luxar) um osso, a tendência é que ele fique mais propenso a novos incidentes de mesma natureza no futuro.

    Fratura
    É um tipo de lesão causada após trauma que leva à quebra ou rachadura do osso. Causa forte dor, inchaço e hematoma.
    A fratura pode ser considerada fechada, quando o osso não é evidenciado, ou aberta, quando existe abertura da pele (fratura exposta).
    Este também é um caso de emergência ortopédica porque pode causar complicações sérias à saúde, que vão desde danos nos vasos sanguíneos, nervos, infecções no osso, entre outros problemas, que podem colocar em risco a vida do indivíduo.
    Tratamento: O alívio da dor depende muito do tipo da fratura e do osso que foi lesionado. Existem inúmeras opções de tratamentos que possibilitam uma rápida recuperação, mas para isso é essencial ter um diagnóstico preciso por parte do médico ortopedista. A imobilização e a utilização de analgésicos são as iniciativas de tratamento mais comuns.
    Em casos graves, os ossos quebrados podem ser consertados pelo uso de placas de metal e parafusos, aplicados internamente ou externamente por método cirúrgico.

    Tipos de fratura:

    Fratura Estável – Ocorre quando um osso que está quebrado e as pontas quebradas ainda estão alinhados.

    Fratura Instável – É o oposto da fratura estável (quando um osso que está quebrado e as pontas quebradas estão desalinhados).

    Fratura Fechada – Quando o osso quebrado não tem contato com o meio externo.

    Fratura Aberta ou Fratura Exposta – Quando o osso quebrado perfura a pele e pode, ou não, ficar visível na ferida.

    Fratura Incompleta – Ocorre quando um osso quebrado não terminou de romper a cortical oposta.

    Fratura Completa – É quando o traço da fratura do osso vai de uma cortical à outra.

    Fratura por Estresse – É quando um osso sofre microtraumas de repetição e rompeu parte de seu trabeculado (tecido modelado denso que fornecem reforço mecânico ou endurecimento para órgãos sólidos, como o baço. Eles podem ser compostos por outros materiais, como o osso ou músculo).

    Fratura Cominuta – É quando um osso lesionado se quebra em três ou mais partes ao longo da fratura. Esse tipo de fratura dificulta a cicatrização devido ao distanciamento dos pedaços de ossos estilhaçados. Este tipo de lesão pode ser causado por projetil de arma de fogo.

  • Festa Junina: Saiba como evitar danos nas mãos ao manusear fogos de artifício

    Festa Junina: Saiba como evitar danos nas mãos ao manusear fogos de artifício

    Nesta época do ano, o mau manuseio de artefatos explosivos é a principal causa de traumas ortopédicos nos membros superiores.

    Junho é um mês muito festivo para as famílias em razão da tradição e do folclore que envolve as Festas de São João, ou Festas Juninas, como são mais conhecidas. Muita fartura de comidas típicas, jogos, música, danças, brincadeiras e fogos de artifício. E justamente neste último item que compõe esse cenário otimista que está a grande razão da preocupação dos médicos ortopedistas.

    O mau manuseio, a empolgação exagerada, ou a imprudência na utilização dos fogos de artifício têm sido, nos últimos dez (10) anos, o maior motivo de atendimentos em Ortopedia nas clínicas e emergências do país. Em alguns casos, além das queimaduras e danos à estrutura óssea, há situações mais graves que envolvem até amputação, por exemplo.

    Não há aqui a intenção de desestimular ou condenar as comemorações de meio do ano, mas sim, orientar adequadamente e alertar seriamente para os riscos que podem ser facilmente evitados, ou reduzidos, com alguns procedimentos de segurança muito simples.

    Números

    As estatísticas do Sistema de Informação Hospitalar (SIM) apontam que nos últimos dez anos uma em cada dez (10) pessoas – ou seja, 10% dos casos de acidentes registrados no mês de junho – têm um de seus membros superiores amputados ao manusear de maneira equivocada os fogos de artifício.

    Neste mesmo período (desde 2009) 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com artefatos explosivos, sendo que os homens representam 83% dos registros, com 4.245 internações, enquanto que as mulheres representam 17% dos casos, com 853 internações.

    Nos 120 casos que envolveram morte, 24 foram de crianças com menos de 14 anos de idade, o que representa 20% das ocorrências fatais, que é um número considerável, alarmante, porém evitável.

    Campanha

    Os dados sobre acidentes com o mau manuseio de fogos de artifício são tão preocupantes que a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), juntamente com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Ministério da Saúde e Associação Médica Brasileira (AMB) resolveram fazer uma campanha de alerta para conscientizar a população sobre como prevenir os altos índices de traumas e queimaduras durante as Festas Juninas e Julhinas.

    De acordo com representantes de algumas dessas entidades, os principais problemas envolvendo fogos de artifício são a perda dos dedos e até da mão, devido à explosão antecipada do artefato.

    Como prevenir acidentes

    Seguem algumas recomendações básicas, porém muito importantes na prevenção de acidentes com fogos de artifícios:

    – Comprar apenas produtos em lojas especializadas e certificadas;

    – Escolher versões menos explosivas, de fácil manuseio;

    – Adquirir produtos apenas dentro do prazo de validade e com certificado de garantia;

    – Optar por fogos de artifício que tenham base de encaixe para ser fixada no chão;

    – Manter pelo menos 30 metros de distância ao utilizar os fogos de artifícios com base de encaixe para ser fixada no chão;

    – Antes de acender os fogos de artifício, verificar se não há substâncias inflamáveis ou rede elétrica nas proximidades;

    – O lançamento de foguetes tem que ser feito apenas em lugares espaçosos, com circulação de ar e descobertos;

    – Não acender os fogos de artifício próximo ao rosto;

    – Não apontar os fogos de artifício em direção a outra pessoa;

    – Não colocar os fogos de artifício em garrafas ou tijolos;

    – Jamais soltar o foguete na mão;

    – Seguir estritamente as orientações do fabricante que estão na caixa.

    Em caso de acidentes: o que fazer

    Caso ocorra acidente durante o manuseio de fogos de artifício seguem as seguintes recomendações emergenciais:

    – Caso haja queimadura, lavar o local com água fria, ou soro fisiológico;

    – Envolver o local da queimadura com um pano úmido;

    – Em caso de amputação (dedos e mão, por exemplo), coloque o membro em um saco plástico, dentro de um recipiente com gelo para levar o paciente ao pronto-socorro mais próximo.

    Divirta-se com responsabilidade

    Se divertir é muito bom, mas mesmo na diversão, precisamos ter responsabilidade e medir as consequências de nossos atos em prol da nossa segurança e das pessoas que amamos. Isso vale principalmente para as crianças, que desde cedo têm que aprender a lidar com esse tipo de entretenimento, mesmo que elas ainda só manuseiem estalinhos e bombinhas.

    No caso das Festas Juninas e de outros tipos de comemoração, vale aquela máxima que nossas mães sempre nos ensinaram desde pequenos: “Com fogo não se brinca”. Portanto, evite o perigo e preze por sua saúde. Divirta-se sempre, mas nunca se arrisque, pois diversão e perigo não combinam.

     

  • Mochilas Pesadas – Prejuízo para nossos filhos

    Mochilas Pesadas – Prejuízo para nossos filhos

    O período de volta às aulas chegou e com ele vem uma questão muito importante: “Qual o peso ideal para uma criança carregar na mochila?”.

    A resposta, de acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e Ministério da Saúde é que o peso total do que está sendo transportado na mochila deva ser igual a, no máximo, 10% do peso corporal da criança. Ou seja: se uma criança pesa 40 quilos (Kg), ela só poderá carregar 4 quilos em sua mochila. Mas infelizmente, não é isso que acontece e o problema é que o sobrepeso das mochilas acaba cobrando o seu preço com o passar do tempo.

    Um estudo referente ao uso da mochila, feito em 2018 na Espanha com cerca de 1.400 crianças, apontou que 61% delas usavam carga superior a 10% do seu peso corporal. Ficou constatado que as crianças carregavam mochilas com peso de 7 Kg (quilos) em média e, nesses casos, o risco de sentirem dores nas costas é 50% maior do que em crianças que carregam o peso ideal.

    No entanto, a ocorrência de dor nas costas por carregar excesso de peso também deve ser associada:

    – À distância e ao tempo em que o objeto é carregado;

    – Ao tipo de relevo por onde a mochila está sendo carregada;

    – À estrutura física, força muscular e reações individuais a cargas;

    – À altura, postura, idade e sexo de quem carrega o excesso de peso.

     

    Observação: Pesquisas apontam que as meninas estão mais sujeitas à dor nas costas do que os meninos e a fase da adolescência faz aumentar esse risco para elas.

     

    Diante de tudo o que já foi exposto, é possível constatar que carregar mochilas com peso em excesso deve ser alvo de preocupação para os pais e estudantes, mas não de modo simplista. Ou seja, não podemos desconsiderar que há fatores que agravam o problema da dor nas costas em razão de sobrecarga, tais como: histórico familiar de dor, tempo gasto em frente à televisão (postura), uso excessivo de celular (postura), história de trauma (pancada) ou exercício físico muito intenso.

    No entanto, a má utilização da mochila pode causar danos na coluna cervical, que por sua vez, vai desencadear outros problemas em toda a coluna, na região torácica e lombar, causando inicialmente dores e, no futuro, causar posturas viciosas, como escoliose ou cifose.

     

    Problemas causados por mochilas pesadas

    Cifose – Corresponde ao aumento de curvatura no meio das costas deixando ombros e pescoço inclinados para frente e formando uma pequena corcunda. Os sintomas são: doras nas costas, braços e mãos.

     

    Lordose – Causa aumento da curvatura próximo à base da coluna, fazendo com que o bumbum fique empinado. O principal sintoma para este problema é dores nas pernas.

     

    Escoliose – É quando a coluna entorta para um dos lados e um ombro fica mais alto que o outro. É causado principalmente me pessoas que carregam mochila em um dos ombros. Os sintomas são: dores nas costas, braços e pernas.

     

    Hérnia de Disco – Ocorre quando um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas que se ramificam na medula espinhal. O sintoma é dor intensa no local onde ocorre (cervical = pescoço, torácica = meio das costas e lombar = região baixa das costas).

     

    Dicas para prevenir doenças na coluna

    As formas e maneiras de carregar uma mochila variam muito de pessoa para pessoa, mas existem regras que devem ser respeitadas, da mesma forma que o limite de peso, para evitar doenças da coluna. Por isso é importante atentar para as seguintes dicas:

     

    – Os pais devem dar preferência às mochilas feitas com materiais leves;

    – Deve-se evitar carregar a mochila sobre um dos ombros, ou na mão, pois estes maus hábitos causam mais alterações da postura, com desvios da coluna em planos diferentes (escoliose);

    – As mochilas devem estar posicionadas o mais próximo possível do tronco;

    – A criança ou adolescente deve carregar a mochila que esteja posicionada em até cinco (05) centímetros de distância da linha da cintura, para evitar a má postura;

    – As alças da mochila devem ser acolchoadas, firmes e reguláveis, com largura mínima de quatro (04) centímetros e os modelos com cinto abdominal ajudam a equilibrar o peso;

    – O tamanho da mochila deve estar adequado ao tamanho de quem a carrega;

    – Não pode haver muita diferença de carga de um lado ou outro da mochila para que sejam evitados os desvios compensatórios que poderiam se relacionar com a dor e surgimento de problemas na coluna;

    – É bom evitar materiais soltos dentro das mochilas. As melhores são as que possuem compartimentos para separar os materiais, sendo que os mais pesados devem ser sempre colocados no centro e próximo às costas;

    – As escolas, quando possível, poderiam oferecer armários para as crianças e adolescentes diminuírem a quantidade de materiais transportados nas mochilas, o que reduziria consequentemente o peso carregado no dia a dia;

    – Os estudantes, se possível, podem utilizar mochilas com rodinhas e puxadores;

    – Mesmo se a mochila for de rodinha/carrinho é importante que haja alças e que estas sejam usadas ao subir as escadas. Além disso, o puxador das mochilas deve ficar na altura do quadril da criança, evitando que ela incline o corpo para caminhar.

     

    Observação 2: É provável que seja mais seguro carregar mochila na frente, embora seja mais comum vê-las apoiadas nas costas. No entanto, o excesso de peso e a má postura podem fazer com que esse hábito cause desvio do tronco para trás (extensão da lombar).

     

    A verdade é que os pais devem ficar muito atentos ao peso das mochilas, procurando saber tudo o que está sendo levado nelas.

    É necessário que essa questão seja encarada com muita seriedade, pois a má utilização da mochila e a falta de cuidado com a postura podem causar males que podem ter consequências futuras que vão interferir diretamente na qualidade de vida de nossos filhos.