Categoria: Ortopedia

  • Artrose: O que é, quais os sintomas e como tratar

    Artrose: O que é, quais os sintomas e como tratar

    Conheça quais os possíveis tratamentos que podem aliviar a dor, melhorar a função articular e retardar a progressão desta doença que não tem cura.

    A Artrose, também conhecida como Osteoartrose, ou Osteoartrite, é uma doença que atinge, fundamentalmente, a cartilagem articular, que é um tecido conjuntivo elástico que se encontra nas extremidades dos ossos que se articulam entre si. A cartilagem articular é nutrida pelo líquido articular ou líquido sinovial.

    Esse desgaste da cartilagem também pode danificar outros componentes articulares como os ligamentos, a membrana sinovial e o próprio líquido sinovial.

    A cartilagem articular tem por função promover o deslizamento, sem atrito, entre duas extremidades ósseas durante o movimento de uma articulação.

    Apesar de poder danificar qualquer junta do corpo, a Osteoartrose afeta mais comumente as articulações das mãos, da coluna, joelhos e quadris, sendo mais comum em pessoas de 65 anos ou mais, de idade.

     

    Principais causas

     

    A artrose surge devido a um desequilíbrio nas células que formam a cápsula que compõe a articulação e isto faz com que a articulação diminua e não consiga fazer corretamente o seu papel de evitar o contato entre os ossos. Alguns fatores de risco que podem estar envolvidos na causa da artrose são:

    • Predisposição genética;
    • Idade;
    • Uso repetitivo da articulação no trabalho ou ao praticar atividade física como ter que subir escadas de forma frequente ou carregar objetos pesados nas costas ou na cabeça;
    • Alterações hormonais que são mais frequentes após a menopausa e por isso as mulheres são mais afetadas;
    • Excesso de flexibilidade articular, como ocorre em caso de atletas de ginástica rítmica, por exemplo;
    • Traumatismo: Fraturas, torção ou pancada direta sobre a articulação, que pode ser acontecido há poucos meses ou anos;
    • Excesso de peso que aumenta a sobrecarga sobre a articulação;
    • Prática de exercício físico sem orientação profissional ao longo dos anos.

     

    Sintomas gerais

     

    • Inchaço;
    • Rangido nos movimentos;
    • Dor na articulação que piora no final do dia;
    • Rigidez;
    • Imobilidade;
    • Formação de nódulos enrijecidos pela calcificação;
    • Formigamento;
    • Dormência;

     

    Tipos de Artrose

     

    A artrose pode ser primária ou secundária.

     

    Primária – Ocorre principalmente devido ao uso excessivo de uma articulação, mas também pelo envelhecimento natural do indivíduo.

     

    Secundária – É uma consequência de doenças ou condições que a pessoa tenha. Problemas que podem levar a artrose secundária incluem obesidade, trauma repetido ou cirurgia das estruturas articulares, articulações anormais no nascimento (anomalias congênitas), gota, artrite reumatoide, diabetes e outros distúrbios hormonais.

     

    Artrose nas Mãos

    Corresponde ao desgaste das articulações das mãos que danifica as cartilagens e, assim, aumenta o atrito entre os ossos que constituem às mãos, o que leva a sintomas como dor, dificuldade para realizar movimentos simples e, nos casos mais avançados, formação de nódulos no meio no final dos dedos, os nódulos de Bouchard e o de Heberden, respectivamente.

    A doença pode ser bastante limitante, principalmente quando acomete as duas mãos e é mais comum em idosos e em mulheres na menopausa, devido ao envelhecimento da cartilagem, e em pessoas que executam atividades diárias que ativam constantemente as articulações das mãos, como trabalho doméstico, por exemplo.

     

    Sintomas específicos

    • Dor na mão, que no início da doença pode ser mais intensa ao acordar e diminuir ao longo do dia, porém com a progressão da doença a dor pode ocorrer o dia todo;
    • Rigidez nas articulações das mãos;
    • Inchaço nos dedos;
    • Dificuldade para realizar movimentos simples, como pegar um objeto ou escrever, por exemplo;
    • Formigamento das mãos, mesmo em repouso.

     

    Além disso, pode ser verificada a formação de nódulos nas articulações, como o nódulo de Heberden, que é formado na articulação final dos dedos, e o nódulo de Bouchard, que é formado na articulação do meio dos dedos.

     

    Diagnóstico

    É feito por médico ortopedista ou reumatologista baseado principalmente nos sintomas descritos pelo paciente, além de avaliar a presença de nódulos de Heberden ou de Bouchard, que é comum de aparecer em casos mais avançados.

    Também pode ser identificado por raio-X ou ressonância magnética para verificar o grau de desgaste da articulação e confirmar o diagnóstico.

     

    Causas

    A artrose nas mãos é causada principalmente devido à esforços repetitivos, sendo mais comum de acontecer em pessoas que usam muito a articulação das mãos, como pedreiros e pessoas que realizam trabalhos domésticos. Além disso, esse tipo de Artrose é mais frequente em idosos e mulheres na menopausa, devido ao envelhecimento da cartilagem.

    Além disso, doenças inflamatórias ou auto-imunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, além de doenças genéticas podem favorecer a rigidez das articulações das mãos, resultando em Artrose.

     

    Tratamento

    O tratamento para a artrose nas mãos é feito de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente, podendo ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores e inchaço e sessões de terapia ocupacional ou fisioterapia para melhorar a mobilidade da articulação, reduzir os sintomas e permitira a realização de atividades do dia-a-dia.

    Em casos mais graves, pode ser indicada a realização de cirurgia, mas somente quando o uso de medicamentos e a fisioterapia não são suficientes.

     

    Artrose na Coluna

    Conhecida como Osteoartrite da Coluna ou Espondiloartrose é o desgaste da cartilagem das articulações da coluna, que causa sintomas como dor e dificuldade para a movimentar as costas, e pode ser provocada tanto por alterações da idade, como por alterações genéticas ou por realizar movimentos errados com as costas.

    Os sintomas são diferentes em cada pessoa, com intensidades que variam de leve a forte, podendo, até, causar limitações para as atividades diárias e de trabalho.

    O desgaste pode acontecer em qualquer região da coluna, sendo mais comum nas regiões lombar e cervical, e, apesar de não ter cura, o tratamento pode melhorar muito os sintomas e a qualidade de vida da pessoa, incluindo o uso de remédios analgésicos, anti-inflamatórios, além de opções de cirurgia para casos de difícil melhora.

     

    Sintomas específicos

    • Dor na coluna que piora com o movimento;
    • Dificuldade para movimentar a região devido à dor;
    • Pode haver sensação de formigamento ou de dormência no pescoço ou nos braços, quando há artrose cervical;
    • Pode haver sensação de formigamento ou de dormência nas pernas, quando há artrose lombar.

    Com tentativa de recuperação do desgaste ósseo pelo organismo, podem, também, ser formadas pequenas pontas nas suas extremidades, conhecidos como bicos de papagaio, que pinçam ou apertam os nervos que passam na região, como o ciático, e causam muita dor.

    Além disso, a compressão dos discos de cartilagem da coluna, chamados discos intervertebrais, pode causar o seu abaulamento para fora da coluna, dando origem à hérnia de disco.

     

    Diagnóstico

    É feito a partir dos sintomas apresentados e pelo exame físico feito pelo médico, em conjunto com exames de imagem como raio-x da coluna.

    Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma ressonância magnética para identificar alterações como hérnia de disco ou pequenas deformidades não vistas no raio-x.

     

    Causas

    • Desgaste natural das articulações da coluna devido a idade;
    • Movimentos repetitivos e errados, como carregar objetos pesados na posição errada;
    • Excesso de exercícios físicos;
    • Pancadas na coluna, causada por traumatismos e acidentes;

    Desta forma, é muito importante que a prática de atividade física seja orientada por um profissional, e que os movimentos repetitivos ou de esforço feitos no trabalho sejam feitos com a manutenção de uma postura correta, evitando o desenvolvimento de uma Artrose.

     

    Tratamento

    A Espondiloartrose não tem cura, mas o seu tratamento correto é muito importante para remover os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa, com medicamentos como:

    • Analgésicos;
    • Anti-inflamatórios;
    • Anestésicos e corticóides injetáveis;
    • Fisioterapia – É um tratamento muito importante pois os exercícios e manipulações feitos pelo fisioterapeuta ajudam a diminuir a inflamação, alinhar as articulações e fortalecer a musculatura, de forma que há menos sobrecarga e dor na coluna.

    A prática de atividades físicas também é importante para tonificar os músculos e manter a estabilidade das articulações, e os melhores tipos de exercícios são a natação e hidroginástica.

    • Cirurgia – São indicadas pelo ortopedista ou neurocirurgião apenas em alguns casos em que não houve melhora dos sintomas com os tratamentos anteriores, devido ao seu risco, mesmo que pequeno, de causar complicações, como sangramentos, infecções ou lesões na coluna.

    Estes procedimentos cirúrgicos consistem em Radiofrequência, Cirurgia Convencional ou Minimamente Invasiva, feitos para corrigir deformidades, diminuir os sintomas e fazer com que a pessoa com esta doença possa levar uma vida com o mínimo de limitações.

     

    Artrose no joelho

    Com o passar do tempo, essa doença do joelho vai piorando e começam a surgir sintomas como deformidades da articulação e muitas dores, fazendo com que o paciente tenha dificuldade para andar e maior tendência a mancar.

     

    Sintomas específicos

    A artrose no joelho é um tipo de comprometimento grave desta articulação que provoca sinais como:

    • Dor no joelho após esforços e melhora com o repouso: numa fase mais avançada, as dores podem impedir o indivíduo de dormir à noite;
    • Rigidez ao se levantar da cama de manhã ou após longos períodos de repouso: geralmente, passa após 30 minutos ou quando começam as atividades normais do dia;
    • Presença de estalos ao movimento ou “crepitações”;
    • Inchaço e calor: geralmente na fase inflamatória;
    • Sensação de aumento de tamanho do joelho: devido ao crescimento dos ossos ao redor do joelho;
    • Movimentos mais limitados: especialmente esticar o joelho totalmente;
    • Dificuldade em apoiar a perna no chão;
    • Músculos da coxa mais fracos e mais atrofiados;
    • Nestes casos é muito comum que os dois joelhos sejam afetados, mas seus sintomas podem ser diferentes de um para o outro e isto se deve ao grau de comprometimento de cada articulação.

     

    Causa

    As principais causas da artrose no joelho podem ser:

    • Desgaste natural da articulação, que ocorre devido à idade;
    • Estar muito acima do peso;
    • Traumatismo direto, como cair de joelhos, por exemplo;
    • Doença inflamatória associada ao uso indevido da articulação.

     

    Este problema geralmente afeta pessoas com mais de 45 anos mas, se o indivíduo estiver muito acima do peso ou tiver alguns destes fatores de risco, pode desenvolver uma Artrose ainda jovem, por volta dos 30 anos de idade. Pessoas com Artrose no Joelho podem sentir mais dor durante o inverno e a dor pode surgir quando o tempo muda e a chuva está chegando.

     

    Tratamento

    Pode ser feito com medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração da articulação. Além disso, é importante realizar Fisioterapia e, nos casos mais graves, pode-se recorrer à infiltração com corticoides ou até mesmo a uma cirurgia, que pode ser uma Artroscopia, por exemplo.

     

    • Exercícios – Alguns exemplos de exercícios para Artrose no Joelho são o alongamento dos músculos das pernas, que pode ser feito sozinho pelo próprio paciente ou com a ajuda do fisioterapeuta, e andar de bicicleta. É importante que seja o fisioterapeuta a indicar estes exercícios, pois, quando realizados de forma errada ou quando a articulação ainda encontra-se muito dolorida, eles podem agravar a doença.

     

    • Fisioterapia – A fisioterapia para artrose no joelho deve ser realizada preferencialmente todos os dias, nos momentos de maior dor. O fisioterapeuta deverá avaliar a articulação e traçar o melhor tratamento, respeitando as limitações do indivíduo. Nas sessões pode-se utilizar aparelhos anti-inflamatórios, exercícios de alongamento muscular e de fortalecimento.

     

    • Cirurgia – É indicada quando a pessoa não apresenta melhora dos sintomas, continuando com dor, dificuldade de subir escadas e abaixar, mesmo depois de meses de tratamento convencional, com remédios, corticóides e fisioterapia.

    A operação pode ser feita retirando o joelho e colocando uma prótese em seu lugar. Depois disso a pessoa geralmente se recupera completamente, mas é preciso fazer sessões de fisioterapia para acelerar a recuperação.

     

    Artrose no Quadril

    Também chamada de Osteoartrose ou Coxartrose, é um desgaste da articulação que provoca sintomas como dor localizada no quadril, que surge principalmente durante o dia e ao andar ou permanecer sentado por muito tempo.

    Esta doença causa degeneração das cartilagens, sendo que é muito comum surgir no quadril, pois é uma região que sustenta boa parte do peso do corpo e que está sempre em movimento e, geralmente, acontece em pessoas acima dos 45 anos, mas também pode acontecer em pessoas mais jovens, principalmente no caso de atletas que utilizam muito a articulação.

    O tratamento deve ser orientado pelo ortopedista, e consiste no alívio dos sintomas com uso de medicamentos e fisioterapia. A cirurgia pode ser feita em último caso, quando não há melhora com o tratamento clínico, feita através da raspagem da parte inflamada ou da substituição da cartilagem pela prótese de quadril.

     

    Sintomas específicos

    • Dor no quadril, que piora ao andar, ficar sentado por muito tempo ou ao deitar de lado sobre a articulação afetada;
    • Andar mancando, precisando de bengala para apoiar melhor o peso do corpo;
    • Sensação de dormência ou formigamento nas pernas;
    • A dor pode ir do quadril até o joelho na parte interna da perna;
    • Dor em queimação na batata da perna;
    • Dificuldade para movimentar a perna pela manhã;
    • Sensação de areia ao mexer a articulação;
    • Dificuldade de cortar as unhas dos pés, calçar meias, amarrar o sapato ou levantar da cadeira, cama ou sofá que sejam mais baixos.

    Esta doença é causada pelo desgaste da articulação do quadril, geralmente em pessoas geneticamente predispostas, que acontece com a idade avançada, mas a artrose de quadril também pode surgir em jovens, devido a traumatismos locais causado por esportes, como corrida e levantamento de peso, por exemplo.

     

    Diagnóstico

    É feito pelo médico ortopedista após avaliar os sintomas e verificar o raio X do quadril. Algumas palavras que podem estar escritas no laudo do raio X, e que sugerem Artrose de Quadril são:

    • Estreitamento do espaço articular;
    • Esclerose subcondral;
    • Osteófitos marginais;
    • Cistos ou geodos.

    Outros exames que o médico pode pedir são tomografia computadorizada, que pode dizer se existe um tumor ósseo, e a ressonância magnética, que pode servir para avaliar o estado da cabeça do fêmur.

     

    Tratamento

     

    As principais formas de tratamento são:

     

    – Mudanças de hábitos

    Algumas mudanças que podem ser úteis para alívio da dor e da piora do quadro são, diminuir a frequência ou intensidade da atividade física que está causando a Artrose, reduzir o peso e usar uma bengala, apoiando-a sempre na mão oposta ao lado da dor para diminuir a sobrecarga no quadril.

     

    – Remédios

    Medicamentos analgésicos, prescritos pelo médico para aliviar os sintomas. Os anti-inflamatórios são indicados somente em períodos de piora dos sintomas, e não devem ser tomados de rotina, devido ao risco de causar lesão renal e úlcera no estômago.

    Ainda é possível utilizar suplementos que atuam para ajudar a renovar a cartilagem e melhorar a artrose em algumas pessoas.

     

    – Fisioterapia

    O tratamento fisioterapêutico pode ser feito com o uso de aparelhos que aliviam a dor, uso de bolsas térmicas, massagens, tração manual e exercícios, para melhorar a amplitude, lubrificação e função da articulação, devendo ser feita diariamente ou, pelo menos, três (03) vezes por semana.

     

    – Exercícios

    Os exercícios, como hidroginástica, Pilates, bicicleta ou outros exercícios que não piorem a dor são importantes para fortalecer a musculatura e proteger as articulações do corpo. Assim, é recomendado fortalecer os músculos da coxa, e fazer alongamentos, exercícios funcionais.

    Os exercícios podem ser iniciados com faixas elásticas, mas é importante ir aumentando o grau de dificuldade usando pesinhos que podem chegar até 5kg em cada perna.

     

    – Cirurgia

    A cirurgia para Artrose deve ser feita quando os outros tratamentos não são suficientes para controlar a dor. Consiste em retirar a cartilagem danificada parcialmente ou completamente, e, em alguns casos, é necessária sua substituição por uma prótese de quadril.

    Após o procedimento, é necessário realizar repouso cerca de dez (10) dias, o que varia de acordo com a necessidade de cada pessoa.

    Nos casos em que é feita a colocação de prótese no quadril, a recuperação é mais demorada, sendo necessário persistir com a realização de fisioterapia por cerca de um (01) ano ou mais, para que os movimentos sejam recuperados da melhor forma. Veja o que fazer para acelerar a recuperação após prótese de quadril.

     

    Causas

     

    A Artrose no Quadril acontece devido ao desgaste natural dessa articulação, por causa da idade, ou devido a traumatismos frequentes, como corridas de longa distância, por exemplo. Nestes casos, a cabeça do fêmur que se encaixa perfeitamente no acetábulo do quadril deixa de ficar completamente encaixada. A superfície articular ficar irregular e áspera, e dá origem a osteófitos, o que causa dor e diminuição da capacidade de movimentação.

    Algumas situações que favorecem a instalação da Osteoartrose de Quadril são:

    • Artrite reumatóide,
    • Espondilite anquilosante;
    • Diabetes;
    • Artrite séptica;
    • Displasia do quadril;
    • Traumatismo no local ou traumatismo de repetição (corrida).

    Assim, é importante manter estas situações controladas para conseguir eliminar a dor e evitar a progressão da Artrose.

    É muito comum uma pessoa que tem Artrose de um local, tenha em outros também, como nos joelhos ou ombros, por exemplo.

     

    Cuidados gerais para tratamento de todo tipo de Artrose

     

    Seja qual for o tratamento eleito pelo médico é fundamental que o paciente siga algumas recomendações para potencializar o resultado do tratamento, tais como:

    • Emagrecer, se estiver acima do peso ideal para sua altura e idade;
    • Alimentar-se de forma saudável, dando preferência ao consumo de alimentos anti-inflamatórios;
    • Beber bastante água, para ajudar na lubrificação das articulações e na flexibilidade da pele e dos músculos;
    • Repousar sempre que sentir dor nas articulações;
    • Evitar fazer esforços;
    • Usar roupas e sapatos adequados, que sejam leves e confortáveis.

     

    Seja na mão, coluna, joelho ou quadril, é importante que os pacientes que sofrem de Artrose saibam que há como viver com qualidade de vida desde que haja um comprometimento com o tratamento e as alternativas que estão sendo oferecidas pelo médico.

  • Osteoporose: Saiba como prevenir

    Osteoporose: Saiba como prevenir

    Doença nos ossos que facilita a ocorrência de fraturas é mais comum nas mulheres e quanto mais cedo houver cuidados contra ela, melhor

     

    A Osteoporose, doença que deixa os ossos do corpo mais frágeis e porosos é um problema mais comum entre as mulheres com idade a partir dos 45 anos. E medida que ela vai progredindo com o avançar da idade, aumenta o risco de fraturas, principalmente as que ocorrem no quadril, na costela, coluna e colo do fêmur.

    O fato da Osteoporose ser mais comum entre as mulheres tem um motivo: o declínio acentuado da produção do hormônio Estrógeno, que ao longo da vida reprodutiva da mulher, atua na formação, calcificação e manutenção dos ossos.
    No caso dos homens, a Osteoporose é mais comum em pacientes acima dos 65 anos, principalmente se o indivíduo tiver tendência ao alcoolismo, tabagismo e diminuição nos níveis de Testosterona.

    Como ocorre a Osteoporose

    A estrutura do esqueleto humano sofre constante renovação. O ganho da massa óssea ocorre até os 20 anos de idade e há perda dessa massa com maior velocidade depois dos 40 anos.

    Dois tipos de células estão envolvidos no ciclo de renovação dos ossos:

    Osteoclastos – Células que promovem a absorção de minerais, eliminando áreas de tecido ósseo e criando umas cavidades.

    Osteoblastos – São células que, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades, produzindo ossos novos. Para isso, usam o cálcio (Ca), absorvido com a ajuda da vitamina D.

    Dessa maneira, 10% do esqueleto humano se renova a cada três meses.
    A primeira etapa da degeneração óssea, chamada Osteopenia, tem início com o desequilíbrio entre as células de absorção e de regeneração. Ou seja, os Osteoclastos passam a agir mais rapidamente, degradando osso com maior velocidade do que os Osteoblastos são capazes de repor.

     

    Tipos de Osteoporose

     

    Osteoporose Pós-Menopáusica – Nas mulheres, esse desequilíbrio desponta a partir dos 35 anos de idade, em virtude das mudanças hormonais que acompanham a Menopausa e que interferem decisivamente na perda e ganho de massa óssea.
    Nos homens, o esqueleto se mantém quase intacto até os 40 anos porque a Testosterona evita o desgaste ósseo.
    Entre os homens as fraturas osteoporóticas costumam ocorrer após os 70 anos de idade, embora venha aumentando nos últimos anos o risco de quebrarem um osso já a partir dos 50 anos.

    Osteoporose Secundária – Quando a perda de massa óssea tem a ver com outras doenças, entre as quais: problemas renais ou endócrinos, ou com o uso de certos medicamentos.
    O tabagismo é outra ameaça, porque o cigarro destrói as células que formam osso.
    Mas a verdade é que os principais desencadeadores do problema são: carência de cálcio (Ca) e vitamina D, sedentarismo e predisposição genética.

     

    Formas de Prevenção

    Hábitos de vida saudáveis ao longo da vida e desde a infância são as principais medidas preventivas estão associadas a prevenção da Osteoporose.
    Outras medidas importantes são:
    – Dieta rica em cálcio (Ca) e vitamina D
    – Prática de atividades físicas
    – Evitar o tabagismo e o alcoolismo
    – Evitar excesso de sal.
    No caso das mulheres, é necessário realizar exame de Densitometria Óssea* quando atingir a menopausa, uma vez que a doença não apresenta sintomas (assintomática) e precisa ser investigada quando existem fatores de risco.

    Alimentos ricos em Cálcio, Vitamina D e Ômega 3 para prevenir

    – Leite e seus derivados (iogurte, queijo, etc)
    – Sardinha
    – Salmão
    – Vegetais
    – Soja
    – Nozes e Castanhas
    – Linhaça
    – Tomate

     

    Dr. Marcelo Costa
    Ortopedista, Traumatologista, especializado em Tratamento da Dor.

     

    (*) Temos disponível o exame de Densitometria Óssea em nossa clínica.

  • CERVICALGIA: SAIBA O QUE É E COMO O USO PROLONGADO DE CELULAR PODE CAUSAR ESSA DOENÇA

    CERVICALGIA: SAIBA O QUE É E COMO O USO PROLONGADO DE CELULAR PODE CAUSAR ESSA DOENÇA

    Estudos mostram que em virtude do uso prolongado e inadequado de celular, jovens e adolescentes passaram a sofrer mais de disfunções toracolombares

    A cervicalgia é um problema caracterizado por dores localizadas na parte posterior do pescoço e/ou nuca. Ou podemos dizer que é uma dor localizada nas vértebras cervicais. O problema pode ser considerado crônico (com incidência por mais de duas semanas) ou aguda (com duração de alguns dias). A forma de cervicalgia aguda mais comum é o torcicolo.

    A coluna cervical é composta de sete vértebras ligadas por músculos e ligamentos, que formam uma ponte óssea entre a cabeça e o tronco. Ela controla os movimentos da cabeça em relação ao tronco e assegura a sua sustentação. É a porção mais frágil da coluna vertebral.

    A cervicalgia é um problema que afeta mais as mulheres do que os homens, mas tem sido um problema cada vez mais incidente nos jovens e adolescentes, em razão do uso prolongado e indevido dos aparelhos celulares.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial têm, teve ou terá dores na região cervical da coluna em razão de postura errada. No Brasil, os dados também são gritantes: cerca de 30% da população do país apresenta algum caso de dor crônica na cervical e quase um terço (1/3) pertence à faixa etária entre adolescentes e jovens, independente de gênero.

    Como a utilização de celulares pode causar cervicalgia

    O uso incorreto de celulares, tablets e outros dispositivos móveis podem comprometer a boa postura.

    Em posição neutra, a cabeça de um adulto pesa entre 4,5 e 5,4 quilos e dependendo inclinação da cabeça para utilizar celular, podem ser gerados um peso extra de 27 quilos sobre o pescoço, além de sérios problemas de saúde a médio e longo prazo. Esse peso é correspondente a uma criança de oito anos.

    Além de dores no pescoço, a posição curvada pode causar dores de cabeça e até hérnia de disco. Para evitar danos futuros na coluna cervical, o ideal é que o aparelho seja elevado até que o centro da tela fique na altura dos olhos. O macete é direcionar a visão e não o pescoço até o celular.

    Sintomas

    • Dor na nuca que pode irradiar para os ombros ou braços;
    • Rigidez na nuca;
    • Desconforto nos movimentos da cabeça;
    • Dores de cabeça;
    • Tonturas;
    • Formigamento no pescoço.

    Quando a dor ocorre de um lado específico e se espalha para o ombro ou braço é chamada de “nevralgia cervicobraquial”. Assim como uma ciática na perna é causada pelo pinçamento ou por algum dano no nervo que irriga o braço.

    Causas

    Lesões musculares ou articulares são a causa mais comum de uma cervicalgia aguda. Elas podem ser causadas por uma má postura ou por um movimento brusco.

    Uma cervicalgia também pode aparecer após um traumatismo cervical como um “golpe de coelho”, um choque violento na nuca. Isso pode acontecer em um acidente de carro ou em um mergulho mal feito. Em casos raros, ela pode ser ligada a uma doença infecciosa, reumática ou tumoral.

    A cervicalgia crônica geralmente é causada por uma artrose das vértebras cervicais. Uma hérnia cervical também pode ser a origem desse tipo de cervicalgia.

    Além da má postura, que é uma das principais causas de dores crônicas na coluna, há as questões hereditárias, o excesso de peso, movimentos repetitivos, sedentarismo e traumas na região que podem agravar a cervicalgia..

    Tratamento

    O tratamento da cervicalgia é adaptado de acordo com a causa do problema. Ao fazer uma avaliação da intensidade e do tipo de dor o médico prescreve analgésicos ou anti-inflamatórios. É aconselhável também aplicar calor na área dolorosa. O uso de um colar cervical pode ser necessário.

    Exercícios com um programa voltado para essa região do corpo também ajudam e podem incluir:

    • Fortalecimento;
    • Estabilização;
    • Alongamento;

     

    Estratégias ergonômicas para prevenir cervicalgia:

    • Ajuste sua postura no assento de trabalho, no carro e no sofá;
    • Modifique de modo geral sua postura ergonômica;
    • Avalie sua postura durante tarefas diárias;